TRATAMENTO

 

 

O tratamento da galactosemia consiste numa dieta de exclusão total dos alimentos que contenham galactose/lactose, ela deverá ser rígida e permanente.

A lactose é um dissacarídeo, um açúcar composto de dois monossacarídeos, a glicose e a galactose. A digestão da lactose é a sua quebra nesses dois monossacarídeos. A galactose e a glicose entram na corrente sanguínea, onde então a galactose é convertida em mais uma molécula de glicose. Pessoas com galactosemia digerem a lactose adequadamente, no entanto, elas não possuem a enzima que converte a galactose em glicose.

Quando a galactosemia é detectada por amniocentese, recomenda-se que a mãe já elimine a galactose e a lactose da dieta cujo objetivo é sanar os sintomas presentes no nascimento, por exemplo, a ocorrência da catarata. Com o tratamento precoce, qualquer dano ao fígado que por ventura tenha ocorrido nos primeiros dias de vida, tem grande possibilidade de ser totalmente sanado.

O bebê com galactosemia não pode passar pelo aleitamento materno, já que o leite da mãe contém galactose. Uma das saídas encontradas para esse problema é o uso do leite a base da proteína isolada da soja.

         É necessária a realização de exames de sangue periódicos, para dosar a galactose total. No caso de pessoas com o funcionamento metabólico normal o valor de referência é até 10,0 mg/dL, no caso dos galactosêmicos é recomendável que este valor não ultrapasse 8,0 mg/dL para manter uma margem de segurança. Quanto mais baixo este resultado for mantido menor a possibilidade de complicações. É importante registrar diariamente todas as refeições do galactosêmico, para serem comparadas com os exames regulares, assim caso ocorra algum aumento nos níveis de galactose é possível identificar o alimento novo ou em excesso que provocou a alteração. Os exames de sangue, o intervalo entre um e outro, os valores de referência considerados ideais, assim como a verificação cruzada com a dieta devem ser realizados de acordo com conduta do seu médico ou nutricionista.

     Devido à restrição dos produtos lácteos, torna-se necessária a avaliação médica, para verificar se a criança está recebendo quantidade suficiente de cálcio, bem como outros nutrientes. Há alguns alimentos aceitáveis na dieta do galactosêmico que são fontes naturais de cálcio. A ingestão de alimentos naturais é a melhor opção para aqueles que necessitam aumentar o cálcio, porém existe a possibilidade de uso dos suplementos. Tenha em mente que, existem diferentes formas de cálcio nos suplementos (por exemplo, carbonato de cálcio, fosfato de cálcio, citrato de cálcio, gluconato de cálcio, etc). Algumas formas de cálcio são absorvidas mais facilmente pelo organismo. Recomendações de cálcio variam de acordo com a idade e as necessidades especiais do paciente. É importante lembrar que o cálcio requer níveis adequados de vitamina D para ser absorvido pelo organismo. Nos suplementos vitamínicos, assim como em qualquer outro medicamento é preciso realizar uma verificação cuidadosa dos rótulos, conferindo se os ingredientes utilizados podem ser consumidos pelo galactosêmico.

Nunca dê qualquer suplemento para o seu filho sem recomendação médica!

Dados obtidos da American Liver Foundation