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GALACTOSEMIA TIPO I
Representação da GALT
É a forma mais comum e grave de galactosemia. Nesse tipo, ocorre deficiência da galactose-1-P uridil transferase (GALT), a enzima que converte galactose-1-fosfato (galactose-1-P) em uridina difosfato galactose (UDPgalactose), o que leva ao acúmulo de galactose-1-fosfato e a sintomas variados.
A deficiência completa da atividade da GALT é conhecida como galactosemia clássica, e é frequentemente referida com o termo isolado "galactosemia". Pacientes não-tratados tipicamente têm disfunção hepática e renal; tanto pacientes tratados como não-tratados podem ter catarata, atraso do desenvolvimento psicomotor e insuficiência ovariana precoce no caso das meninas.
O mecanismo de toxicidade de galactose-1-fosfato não é ainda totalmente compreendido.
O metabolismo anormal da galactose na galactosemia é principalmente causado por deficiência em três enzimas da via metabólica da galactose: galactoquinase, galactose–1–P–uridil transferase e uridina–difosfogalactose epimerase. Quando ocorrem as deficiências enzimáticas, a galactose não segue sua via metabólica normal, e seu acúmulo leva a uma reação que não ocorreria normalmente. Essa reação se dá pela conversão de galactose em galactitol, um poliálcool de toxicidade elevada, ou em galactonato, que também é um produto tóxico.
O paciente galactosêmico pode apresentar os seguintes sintomas:
- Hepatomegalia
- Falhas renais
- Catarata
- Danos cerebrais
- Galactosúria
- Deficiências de aprendizagem
- Falhas nos ovários (no caso das meninas)
A hepatomegalia é causada por acúmulo de galactitol nas células hepáticas, levando a um aumento da pressão osmótica e à entrada de água nessas células, que leva à hipertrofia.
Defeitos oculares são causados pelo acúmulo de substâncias tóxicas que promovem a formação de catarata (aumento de opacidade do cristalino) e, em alguns casos, podem levar à cegueira.
Galactosúria é a presença de galactose na urina. Como há deficiência enzimática no organismo para quebrar esse monossacarídeo, seu excesso é eliminado via urina.
Já os problemas neurológicos têm causas mais complexas e não se relacionam apenas com acúmulos de substâncias.